Entrevista Com Observadora Internacional Norte-Coreana

Entrevista realizado com a Observadora Internacional da Coreia do Norte Kim Kyong-hui.

09/12/2010

1- Como a Coréia do Norte vê o desenvolvimento de tecnologia nuclear Iraniana?

Nós, da Coréia do Norte, defendemos o princípio de soberania dos Estados e como tal acreditamos que qualquer país pode optar por enriquecer urânio ou não, independentemente de seus fins.

2- Caso confirmada a existência de armas nucleares no Irã, como isso afetaria ou influenciaria as políticas internas e externas da Coréia do Norte?

A Coréia do Norte é regida por um governo Juche, com uma ideologia de auto suficiência e independência, não conecta suas ações com as de outros países. Nós partimos da premissa de que todas as nossas escolhas são definidas de acordo com nossos interesses nacionais podendo estes se assemelhar ou não com os de outros países.

3- Qual o interesse, se existe, ou importância do desenvolvimento nuclear Iraniano?

Cabe a nós apenas acreditar na afirmativa Iraniana de que seu programa possui fins pacíficos e até medicinais. Além disso, caso as especulações de armas nucleares se tornem verdade, essa condição levaria a um reequilíbrio geoestratégico em relação a atual posição hegemônica de Israel, possibilitando até a instauração de uma paz no Oriente Médio.

4- Na sua opinião, qual deve ser a postura das Nações Unidas e da comunidade internacional frente ao progresso e investimento em tecnologias e técnicas nucleares do Irã?

As Nações Unidas e a comunidade internacional devem prioritariamente respeitar a soberania do Estado Iraniano e agir com cautela em suas tentativas de negociação.

5- De acordo com a sua análise, o que acha que irá acontecer quanto a este debate e negociações?

Eu acredito que no momento não apareceram soluções quanto a esta questão, mas quem sabe no futuro.

6- Por que ajudar ou apoiar um programa (ou a política) tão controversa como a política nuclear Iraniana?

O caso Iraniano se assemelha com o da Coréia do Norte, porque nós possuímos um programa de desenvolvimento nuclear, não necessariamente com os mesmos objetivos, mas sofremos com sanções da comunidade internacional, além de sermos apontados como desestabilizadores da paz mundial. Com isso devemos estabelecer laços para nos fortalecer frente a tanta retaliação.